Duas rodas em São Paulo
Venho percebendo um crescente assalto de duas rodas no trânsito paulistano. Não estou me referindo às motocicletas, essas dominaram há muito o trânsito. Falo das bicicletas.
Imagine, numa cidade de mais de dez milhões de habitantes, frota média de 5 milhões de veículos e tantas outras motocicletas e agora vem as bicicletas.
A primeira coisa que passa pela minha cabeça quando penso em alguém indo trabalhar, indo estudar ou indo pra qualquer outro lugar dentro de São Paulo com uma bicicleta é: coragem. O cara tem que ter muita coragem de enfrentar os motoristas predadores dentro de seus carros-leões e ônibus-mamutes. Loucura é outra palavra que me surge com facilidade também.
Numa bicicleta a pessoa está completamente exposta, muito mais do que um pedestre pois esse ainda tem a calçada para transitar, embora algumas calçadas estejam tão desfiguradas que é preciso andar na rua mesmo. Na bicicleta, o louco-corajoso tem que dividir espaço com os motores de 100 cilindradas, 1000 cilindradas e por aí vai ao passo que ele dispõe apenas da tração que suas pernas podem oferecer.
Mas parece ser uma moda que estão querendo que vingue, vira e mexe ouço no rádio alguma coisa sobre andar de bicicleta economiza, evita poluição e ainda dá saúde. Ou exemplo flagrante desta onda é que agora está disponível um serviço em que o cara deixa seu carro num determinado estacionamento e faz o restante do seu trajeto com uma bicicleta cedida pelo próprio estacionamento. Queria ver os alto-executivos transitando pela Av. Paulista em seus ternos importados, pedalando e suando até chegar ao escritório. Tendo o devido cuidado para não deixar a barra da calça enroscar na catraca da bike.
Admito que a idéia é muito nobre em muitos aspectos, mas a nobreza é algo que parece ter ficado parada no tempo do Rei Arthur. Em pleno século XXI, para que essa idéia toda desse certo seria preciso uma conscientização das pessoas, todas elas: motoristas, motociclistas e pedestres também. Um aceitar e respeitar o espaço do outro e tendo até mesmo um pouco de simpatia e gentileza.
Mas nestes tempos de mãos agitadas, ávidas em apertar a buzina assim que a luz do semáforo fica verde e de pés direitos cada vez mais pesados sobre o acelerador, ficarei observando estes corajosos sobre duas rodas e desejando "boa sorte" a cada um que por mim cruzar.
Imagine, numa cidade de mais de dez milhões de habitantes, frota média de 5 milhões de veículos e tantas outras motocicletas e agora vem as bicicletas.
A primeira coisa que passa pela minha cabeça quando penso em alguém indo trabalhar, indo estudar ou indo pra qualquer outro lugar dentro de São Paulo com uma bicicleta é: coragem. O cara tem que ter muita coragem de enfrentar os motoristas predadores dentro de seus carros-leões e ônibus-mamutes. Loucura é outra palavra que me surge com facilidade também.
Numa bicicleta a pessoa está completamente exposta, muito mais do que um pedestre pois esse ainda tem a calçada para transitar, embora algumas calçadas estejam tão desfiguradas que é preciso andar na rua mesmo. Na bicicleta, o louco-corajoso tem que dividir espaço com os motores de 100 cilindradas, 1000 cilindradas e por aí vai ao passo que ele dispõe apenas da tração que suas pernas podem oferecer.
Mas parece ser uma moda que estão querendo que vingue, vira e mexe ouço no rádio alguma coisa sobre andar de bicicleta economiza, evita poluição e ainda dá saúde. Ou exemplo flagrante desta onda é que agora está disponível um serviço em que o cara deixa seu carro num determinado estacionamento e faz o restante do seu trajeto com uma bicicleta cedida pelo próprio estacionamento. Queria ver os alto-executivos transitando pela Av. Paulista em seus ternos importados, pedalando e suando até chegar ao escritório. Tendo o devido cuidado para não deixar a barra da calça enroscar na catraca da bike.
Admito que a idéia é muito nobre em muitos aspectos, mas a nobreza é algo que parece ter ficado parada no tempo do Rei Arthur. Em pleno século XXI, para que essa idéia toda desse certo seria preciso uma conscientização das pessoas, todas elas: motoristas, motociclistas e pedestres também. Um aceitar e respeitar o espaço do outro e tendo até mesmo um pouco de simpatia e gentileza.
Mas nestes tempos de mãos agitadas, ávidas em apertar a buzina assim que a luz do semáforo fica verde e de pés direitos cada vez mais pesados sobre o acelerador, ficarei observando estes corajosos sobre duas rodas e desejando "boa sorte" a cada um que por mim cruzar.
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