Homens têm estria

  Eu só pude ter um pet depois de casado. Na verdade, tive um cachorro em casa, mas eu era ainda bebê e não me recordo, sei apenas das histórias contadas pelos meus parentes de que o Rex era um cachorro sem vergonha, um daqueles vira-latas que morde tudo e todos. Acabou com móveis, pegava roupa no varal, um capeta. Minha mãe não aguentou e ele acabou sendo exilado na casa dos meus avós e lá eu tive contato com ele, não muito, pois as visitas eram escassaz.  Apesar disso, sempre tive carinho por bichos. Na casa dos amigos que tinham cachorros, eu sempre estava por perto para fazer um carinho e tal. Ter um em casa era assunto morto e enterrado, Rex traumatizou minha mãe fortemente rs. Então, casei. E minha esposa, ao contrário, sempre teve pets. Fosse cão ou gato. Quando nós casamos, ela tinha a Teca, uma cachorrinha vira-latas, esperta e brincalhona. Branquinha e pequena, uma mistura de pinscher com alguma outra raça pequena. Foi com a Tequinha que comecei a conviver mais com um pet. Nã

  Nunca me esquecerei de um diálogo que uma amiga me contou que aconteceu entre ela e o marido. Ele estava jogando videogame na sala quando ela chegou da rua, meio brava, e aproveitou para ir pra cima dele "você não cansa disso aí, não? Não está velho pra jogar videogame?" Essa frase é muito mais comum do que se pode imaginar, mas genial foi a resposta do marido " Ué, você não vê os velhinhos jogando dominó na praça todo dia? Essa era a brincadeira deles quando criança, não é porque ficaram velhos que precisa parar de brincar. O videogame é o dominó da minha geração." Ela ficou sem resposta, claro. E depois que ela contou isso, me fez tanto sentido que aquele fio de pensamento que passa pela cabeça quando penso em estar velho para videogames simplesmente sumiu. E agora penso que, na verdade, videogame não é coisa de criança, pelo contrário, cada vez mais torna-se coisa de adulto. Enredos complexos, históricos, emocionantes. Os jogos de hoje são ricos em muitos aspec