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Mostrando postagens de julho, 2007

Um olhar, uma mão e um pouco de sim...

Os pensamentos têm sido leves, logo, os dias têm sido leves, de um jeito tão incomum que parecem irreais. Algumas pessoas encontram dificuldade em estar em paz e logo acham que isso seja algo a se desconfiar. Quando tudo o que mais se quer acontece, vem o medo. E agora? Parece, então, que o melhor mesmo é nunca alcançar e viver, dia após dia, uma lamentação de desejos não realizados. Como se ao encontrar o que se procura termina-se também a esperança. Encontrava-me entre os que pensam assim. Não posso dizer que seja tolice, embora seja, pois tantas coisas permeiam a cabeça de cada um, tantas pressões, tantas angústias, enfim, cada um sabe bem oque lhe incomoda e cada um sabe bem o que lhe faz bem. O problema é quando não enxergamos muito claramente o que vemos e o que queremos. Então, nestes dias leves que acontecem para mim, deixei de lado o receio da felicidade e tenho procurado ir de verdade atrás daquilo que me faz bem. Estar sozinho me faz bem? É assim que ficarei... ler um liv

Réquiem

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Eles estavam na terra, eles estavam no ar. O que traziam consigo em suas mentes nunca será descoberto, o que faziam naquele momento pouco importa agora. Alguns deviam estar trabalhando, outros a descansar. Preparando-se para o fim do dia, para o fim da viagem. Nunca para o fim da vida. A tragédia que invadiu a casa de milhões de pessoas ao redor do mundo, através das notícias televisivas, consternou, enfureceu, entristeceu. Via-se pela televisão o empenho do Corpo de Bombeiros para acabar com os focos de incêndio que consumiam o prédio invadido pelo avião da TAM, via-se o choro de quem não sabia se seu parente estava ao não à bordo do avião, as notícias chegavam amiúde e controversas, quem deveria tomar partido e falar, calou-se. Silêncio que asfixiava as esperanças de quem só podia ter esperança. Pouco a pouco, a dimensão da tragédia tornava-se cada vez maior, assim como a indignação de quem sofria na pele, no coração, na alma e via nas imagens daquele prédio em chamas o fim da vida

Lembrança, Nostalgia, Saudade

Não é de hoje que somos bombardeados com a seguinte mensagem: "Viva o presente!". Talvez esta filosofia de vida deva ter se difundido com maior grandeza nos lisérgicos anos 60. E não digo lisérgicos apenas pensando nos hippies norte-americanos, a década de sessenta foi libertária e revolucionária em todo o mundo, mesmo nos países que sofreram com regimes autoritaristas militares, como o Brasil. Ou você acha que em plena ditadura militar não havia os loucos escondidos atrás de suas aparentes normalidades? Isso sempre teve e sempre terá. E quanto mais proibido melhor. Mas não é sobre isso o que quero falar. Estava dizendo sobre viver o presente, coisa, ou filosofia, que eu acho da maior importância, afinal, é no presente que estamos. Não adianta projetar milhares de coisas para um futuro que pode não vir, pior ainda é enterrar os pés na planície segura do passado. Segura sim, pois já passou e não há nada a se fazer, e no passado não há "perigo" de uma surpresa desagr

O dinheiro de plástico

Ano: 2007 Século: XXI E eu não uso cartão de crédito. Não uso, porque ter, todo banco faz questão que você tenha. O motivo eu não sei. A praticidade? A comodidade? Os juros exorbitantes? Vai entender... Assim como muitas pessoas não entendem como eu não uso um cartão de crédito. E digo, na minha cabeça de homem do século passado, esse utensílio, esse "dinheiro" é problema. Hoje eu tive mais uma prova da minha filosofia: acordei tranquilamente, fui até a cozinha e recebo uma carta da minha mãe. Abro a carta e me deparo com uma fatura de cartão do banco "Completo". Revoltado e confuso, vi que me cobravam uma taxa administrativa no pífio valor de R$ 6,45. Pífio, porém indevido. Afinal, porque devo pagar por algo que não utilizei, pior, algo que sequer pedi. Sim, recebi o tal cartão uns 2 meses atrás mas, como homem do século passado, nem dei bola. Cheguei a pedir pra minha mãe jogar fora o cartão e pra mim ali, dois meses atrás, estava resolvida a situação. Não