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Mostrando postagens de novembro, 2008

Terça Insana

Ontem, tive a oportunidade de assistir o espetáculo Terça Insana (é tão Insana que foi numa Quarta) e comprovei porque é um dos maiores sucessos em cartaz em S. Paulo. Idealizado e encabeçado por Grace Gianoukas, o espetáculo conta um grupo de talentosos comediantes, que são rotativos, não sei por compromissos profissionais ou diretriz do projeto. Sei que o grupo que está atualmente: Roberto Camargo, Agnes Zuliani, Gulherme Uzeda, a própria Grace e Marco Luque, matam a platéia de rir com personagens variados. Uns próximos da nossa realidade, como o caipirão-moderno e contador de história Vicente, interpretado por Guilherme Uzeda; ou fantasiosos, como uma Carlota Joaquina que surge para defender a moral portuguesa frente o desdém brasileiro para com seus descobridores. Mas o ponto alto, ao meu ver, estão nas personagens que Marco Luque interpreta. Um baita ator! Primeiro ele surge como “Esquerdinha”, um senhor negro que já fora um grande jogador de futebol, mas q

CEM

As palavras vieram, algumas num amontoado desengonçado, outras lineares e bonitas, como se passeassem leves numa passarela. Assim elas são, podem vir aos atropelos, feito pés virgens a valsar, podem vir graciosas, nado simples de cisne. Uma beleza e uma estranheza tão naturais de si, que se completam e nos faz admirar. Não diria que chegariam a tantos, mas vieram, chegaram, cá estão. Sabe-se lá quantos as leram, as odiaram, as ignoraram, mas, feito fiel cão ao rodapé na porta, permaneceram ali, em seus postos, dando sentido à palavra anterior. São cem punhados de palavras que conto agora, cem punhados que podem ter gerado mais cem, podem ter gerado um sorriso, uma lágrima ou, o que seria melhor de tudo: outras palavras.

Por um quase

Por um quase : Olhe ali. : O que tem? : O que você vê? : Nada, só terra. E me parece fofa. : Exatamente, terra fofa. : E daí? : É isso o que somos. : O quê? Terra fofa? : Isso. : Quer dizer então que todos esses milhares de anos em que várias pessoas meditaram sobre o que é o ser humano foi perda de tempo. Na verdade somos terra fofa? : Não, não digo todos. Digo nós dois. Somos terra fofa. : Me chamando de gorda? Olha aqui, pega. Se achar uma gordurinha... Era só o que me faltava agora. : Você é engraçada. : Posso ser muita coisa, baby. Depende do humor. Quer saber a minha versão então? Para mim somos palavras, nada mais. Nada de terra fofa. Fofa é sua imaginação. : Isso também. : Imaginação fofa? : Palavras. Afinal, o que nos liga se não as palavras? : Ih... corta essa, está muito cedo para papo-cabeça. : Por falar em cabeça, hoje eu pensei em você. : Por quê? : Sei lá. P

Amor (re)velado

Qual o tema mais abordado em toda a criação intelectual humana senão o Amor! Sim, claro! Porque o Amor é a palavra que carrega um sentimento, uma sensação, um desejo, um sonho, uma realidade, uma tristeza, enfim, uma montanha de outras pulsações que faz de nós, humanos, o que somos: humanos. Todas as relações que temos, seja com outras pessoas ou até mesmo com objetos inanimados são baseadas no amor... há o ódio também, mas essa é uma outra história. Voltemos ao amor. Achei engraçado uma situação que presenciei: estávamos conversando numa roda de amigos quando um deles disse algo como “minha namorada não precisa ter ciúme porque ela sabe o quanto a amo.” Na hora houve um “Ahhhh..”generalizado, pela parte das mulheres num tom de encanto e pelos homens num tom mais irônico. O fato é que mesmo aqueles homens que ironizaram aquela declaração pública de amor também tem suas paixões, seus amores e, se não têm, querem ter. As pessoas não estão acostumadas a explicitar o que sentem por