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Mostrando postagens de janeiro, 2009

O seu verde e eu

Tenho sonhos recorrentes e, deles, o que mais me lembro é você. Queria dizer isso pra você, ao vivo, olhos nos olhos, embaixo de um teto , cercado de quatro paredes. Poderia ser até nas celas de uma prisão. Valeria a pena e a coragem desperdiçada, valeria tudo para dizer essa frase em seus olhos e gostaria em troca apenas de vê-los umidecendo , formando uma redoma transparente que embaçasse o verde de seus olhos, ficariam ainda mais brilhantes, radiariam, emanariam uma luz inexplicável. Esta luz atravessaria o ar para atingir em cheio meu peito e eu me sentiria livre. Ficaria livre de todas as formas e todos os nomes que me prendem, me livraria deste corpo que me impede e dessa consciência que me suja com o suor do medo e a lama da fraqueza. Poderia assim, sem medo, tocar sua pele com as pontas dos dedos, seus dedos, seus braços, seu pescoço, seu rosto... poderia, enfim, encontrar-me dentro de você. Porque você é meu destino. E chegar até você é alcançar o meu motivo de comer, de b

2009

Começaremos bem! Com a idealização de que o que ainda não aconteceu de bom acontecerá agora e a certeza de que o ruim que passou serve como lição e nada mais. Faremos três promessas novas e manteremos as antigas - até que, enfim, sejamos capazes de atendê-las. A começar pelos vícios, largaremos os vícios que há tempos nos incomodam e, ao mesmo tempo, nos fascinam! Deus, como podem mexer assim com nossa cabeça? Coordenar com tamanha frieza nossos movimentos e ditar, inclusive, um futuro incerto nosso: para 2010 largarei o vício, o pior vício de todos os que tenho, esse vício de me comprometer a coisas que não farei com a virada de ano. Mas não é motivo de alarde, isso nos ronda há mais tempo que podemos imaginar, não é sinal de fraqueza chegar ao fim do novo ano percebendo que daquelas promessas feitas no início, nenhuma ou quase nenhuma foi cumprida. Longe de ser vergonhoso, esse é o sinal claro de que somos seres humanos trajados de boas intenções e esperança. É, então, pela esperança