A crise
Tudo o que se fala hoje é da crise. Fala-se tanto e com tanto temor que duvido que alguém já tenha tenha imaginado-a como um manto negro e espesso que vai cobrindo de escuridão o lugar por onde passa, como a poeira que subiu aos céus depois da queda do grande meteoro que acabou com quase tudo vivo na Terra, sim aquela que exterminou os dinossauros, mas foi incapaz de matar as baratas.
Mas a crise não é nova, vem de tempos. Enfrentamos diariamente a crise, o défict, a retenção, e queda no poder aquisitivo. Talvez não percebamos desta forma, mas ela está aí há tempos!
É a crise existencial. É o defict de sentimento, a queda no poder de adquirir mais humanidade no coração.
Como uma avalanche, desenfreadamente vamos vivendo dia após dia como quem dá um passo após o outro, passos lentos, passos pesados, pernas pesadas, dias infinitos, noites em claro. Ligamos diariamente o computador pra falar com pessoas que não vemos há anos, evitamos o contato físico, evitamos a rua, a Sindrome do Pânico está a solta, pega mais do que gripe, eu tenho, você deve ter, se acha que não é porque não se deu conta.
Não nos demos conta que antes dos bancos e das montadoras de carros quebrarem nós quem quebramos, estamos perambulando dentro de um deserto inconsciente, o Universo particular que brincamos, o mundo em que somos o dono da bola e não deixamos quase mais ninguém brincar.
Chegamos num ponto em que acreditamos que apenas o incocebível pode trazer a solução de tudo, apostamos o destino do mundo na mão de um político negro só porque ele é negro (?). Abrimos mão de uma hora a mais em família para levar lucro à nossa companhia, esperando gerar uma renda a mais para gastar com a mulher e filhos, para dar a eles um brinquedo que brinque sozinho e para dar a ela uma lipoaspiração que a faça mais feliz. Estamos nos desbotando, lentamente, passo a passo, o mundo está cada dia mais habitado por fantasmas que somos nós.
Nós correndo atrás de fazer a máquina continuar a girar, a máquina que agora está se cansando, que está parando, que está parando, que pára.
Mas a crise não é nova, vem de tempos. Enfrentamos diariamente a crise, o défict, a retenção, e queda no poder aquisitivo. Talvez não percebamos desta forma, mas ela está aí há tempos!
É a crise existencial. É o defict de sentimento, a queda no poder de adquirir mais humanidade no coração.
Como uma avalanche, desenfreadamente vamos vivendo dia após dia como quem dá um passo após o outro, passos lentos, passos pesados, pernas pesadas, dias infinitos, noites em claro. Ligamos diariamente o computador pra falar com pessoas que não vemos há anos, evitamos o contato físico, evitamos a rua, a Sindrome do Pânico está a solta, pega mais do que gripe, eu tenho, você deve ter, se acha que não é porque não se deu conta.
Não nos demos conta que antes dos bancos e das montadoras de carros quebrarem nós quem quebramos, estamos perambulando dentro de um deserto inconsciente, o Universo particular que brincamos, o mundo em que somos o dono da bola e não deixamos quase mais ninguém brincar.
Chegamos num ponto em que acreditamos que apenas o incocebível pode trazer a solução de tudo, apostamos o destino do mundo na mão de um político negro só porque ele é negro (?). Abrimos mão de uma hora a mais em família para levar lucro à nossa companhia, esperando gerar uma renda a mais para gastar com a mulher e filhos, para dar a eles um brinquedo que brinque sozinho e para dar a ela uma lipoaspiração que a faça mais feliz. Estamos nos desbotando, lentamente, passo a passo, o mundo está cada dia mais habitado por fantasmas que somos nós.
Nós correndo atrás de fazer a máquina continuar a girar, a máquina que agora está se cansando, que está parando, que está parando, que pára.
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