A caixinha de Natal
Seria um bom título para um conto, talvez até o use um dia.
Chegamos a mais uma reta final de mais um ano e não é surpresa pegar uma conversa alheia na rua com a frase: "nossa, o ano já acabou!" Esse clichê já superou o "Era uma vez..." faz tempo! Bom, o que importa é que junto à esta frase acima vem os enfeites natalinos, os Papais-Noéis nas portas das lojas, as guirlandas nas portas das casas e as caixinhas de Natal no balcão de qualquer comércio.
Algumas são simples, uma caixa de sapatos velha, mal encapada com uma papel de presente bem fuleiro, outras são mais bonitas, o papel que a reveste brilha, pra chamar mais a atenção. A pessoa fica até constrangida de ver uma caixinha daquelas e não depositar ali o troco do pão.
A verdade é que essas caixinhas de Natal estão me incomodando.
Tá certo, o cara que tá lá fazendo o pão todos os dias, acordando às 3 da manhã pra ir pra padaria, a mocinha simpática no Caixada loja de sapatos, o porteiro que pede o RG de um estranho, zelando pela segurança dos moradores do prédio em que trabalha... esses e muitos outros trabalhadores que labutam dia-a-dia durante todo o ano merecem, muitas vezes, um salário melhor que o que têm. Mas e quem também rala durante um ano inteiro mas não está na área do comércio ou outra que deposita a caixinha de Natal? Não merecem também um agradinho de fim de ano?
Sim, o meu incômodo se dá porque eu sou um desses que não tem uma caixinha de Natal depositada ao lado do meu ambiente de trabalho, indiretamente, pedindo por um troquinho pra ajudar nas compras de fim de ano. Ah, muitos dirão que eu tenho o meu 13º etc. Sim, eu tenho. E muitos daqueles também!
Não é meu interesse exigir o fim das caixinhas de Natal, quero que continuem e quero mais: que se espalhem por todos os cantos em que um trabalhador está... vamos nos ajudar, o troquinho que você puser na minha caixa de Natal hoje, pode ser o troquinho que colocarei na sua amanhã!
Queremos uma sociedade igualitária, então, comecemos logo, comecemos com a caixinha de Natal!
Chegamos a mais uma reta final de mais um ano e não é surpresa pegar uma conversa alheia na rua com a frase: "nossa, o ano já acabou!" Esse clichê já superou o "Era uma vez..." faz tempo! Bom, o que importa é que junto à esta frase acima vem os enfeites natalinos, os Papais-Noéis nas portas das lojas, as guirlandas nas portas das casas e as caixinhas de Natal no balcão de qualquer comércio.
Algumas são simples, uma caixa de sapatos velha, mal encapada com uma papel de presente bem fuleiro, outras são mais bonitas, o papel que a reveste brilha, pra chamar mais a atenção. A pessoa fica até constrangida de ver uma caixinha daquelas e não depositar ali o troco do pão.
A verdade é que essas caixinhas de Natal estão me incomodando.
Tá certo, o cara que tá lá fazendo o pão todos os dias, acordando às 3 da manhã pra ir pra padaria, a mocinha simpática no Caixada loja de sapatos, o porteiro que pede o RG de um estranho, zelando pela segurança dos moradores do prédio em que trabalha... esses e muitos outros trabalhadores que labutam dia-a-dia durante todo o ano merecem, muitas vezes, um salário melhor que o que têm. Mas e quem também rala durante um ano inteiro mas não está na área do comércio ou outra que deposita a caixinha de Natal? Não merecem também um agradinho de fim de ano?
Sim, o meu incômodo se dá porque eu sou um desses que não tem uma caixinha de Natal depositada ao lado do meu ambiente de trabalho, indiretamente, pedindo por um troquinho pra ajudar nas compras de fim de ano. Ah, muitos dirão que eu tenho o meu 13º etc. Sim, eu tenho. E muitos daqueles também!
Não é meu interesse exigir o fim das caixinhas de Natal, quero que continuem e quero mais: que se espalhem por todos os cantos em que um trabalhador está... vamos nos ajudar, o troquinho que você puser na minha caixa de Natal hoje, pode ser o troquinho que colocarei na sua amanhã!
Queremos uma sociedade igualitária, então, comecemos logo, comecemos com a caixinha de Natal!
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