Morangos Silvestres Maduros

Suave, como o som de um violino, ela dançava pelo salão, deixando pelo ar o aroma de sua beleza e juventude. Solitária, uma estrela que brilhava mais intensamente, capaz de um iluminar uma galáxia inteira com um único sorriso.
Os cabelos desenhavam curvas enquanto o corpo girava, girava pelo salão. Os convidados davam espaço para que ela continuasse sempre o seu ballet, o seu girar, o seu flutuar. Os pensamentos dos homens se inflavam de desejo por aquela pele láctea, os lábios rubros feito morangos silvestres maduros. Seu sabor na ponta da língua dos homens que se esqueciam de suas companhias. As mulheres a olhavam com o canto do olho, desejando aquilo que viam. Queriam aquela leveza, aquela altivez. Queriam ser aquela mulher.
O tempo congelado, a respiração suspensa... foi tudo assim, rápido, no dia em que me apaixonei.

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