À Francesa
Partiram da Alemanha, saídos à francesa de lá. Assim chegaram aqui.
Os olhos multiplicados em frente à TV no Sábado e o fiasco em forma de desinteresse, falta de graça, falta de garra, falta de gana, falta de paixão. Tão diferente de seu Jorge, aquele homem que ficou na ponta da cadeira em casa, com o copo de cerveja no bar, com o rádio colado na orelha na portaria do prédio. Seu Jorge, Seu André, Seu Venceslau. Tantos senhores, jovens, moças, crianças que ficaram olhando para aqueles homens correndo atrás daquela bola, esperando que dos pés dos brasileiros surgisse uma felicidade capaz de alterar a realidade de outros brasileiros, os daqui, os que acordam às 4 da manhã para pegar ônibus e chegar ao trabalho para, ao fim do mês, descobrir que o salário não vai render pra todo o feijão da família.
O ópio do povo acabou. E agora?
Uma indignação geral pela falta de moral com a qual a seleção deixou a Copa, deixando um rastro de vergonha para o brasileiro. Que se noticiem no mundo todo que políticos brasileiros andam com milhares de dólares escondido em cuecas ou que milhões e milhões são desviados para contas fantasmas tudo bem, mas ser estampado com uma foto inglória de uma derrota vexatória na Copa. Ah não, isso é demais!
Segunda-feira da realidade, este foi o dia de hoje. O ano vai continuar e o dia-a-dia cinza voltará, sem direito àquela uma hora e meia de alucinação e fuga da realidade.
Mas ainda está por vir o circo maior. A Eleição. E para este espetáculo os protagonistas do show de horrores farão gols de cabeça, bicicleta e voleio para que acreditemos neles mais uma vez e, mais uma vez, sejamos os palhaços da história.
Os olhos multiplicados em frente à TV no Sábado e o fiasco em forma de desinteresse, falta de graça, falta de garra, falta de gana, falta de paixão. Tão diferente de seu Jorge, aquele homem que ficou na ponta da cadeira em casa, com o copo de cerveja no bar, com o rádio colado na orelha na portaria do prédio. Seu Jorge, Seu André, Seu Venceslau. Tantos senhores, jovens, moças, crianças que ficaram olhando para aqueles homens correndo atrás daquela bola, esperando que dos pés dos brasileiros surgisse uma felicidade capaz de alterar a realidade de outros brasileiros, os daqui, os que acordam às 4 da manhã para pegar ônibus e chegar ao trabalho para, ao fim do mês, descobrir que o salário não vai render pra todo o feijão da família.
O ópio do povo acabou. E agora?
Uma indignação geral pela falta de moral com a qual a seleção deixou a Copa, deixando um rastro de vergonha para o brasileiro. Que se noticiem no mundo todo que políticos brasileiros andam com milhares de dólares escondido em cuecas ou que milhões e milhões são desviados para contas fantasmas tudo bem, mas ser estampado com uma foto inglória de uma derrota vexatória na Copa. Ah não, isso é demais!
Segunda-feira da realidade, este foi o dia de hoje. O ano vai continuar e o dia-a-dia cinza voltará, sem direito àquela uma hora e meia de alucinação e fuga da realidade.
Mas ainda está por vir o circo maior. A Eleição. E para este espetáculo os protagonistas do show de horrores farão gols de cabeça, bicicleta e voleio para que acreditemos neles mais uma vez e, mais uma vez, sejamos os palhaços da história.
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