A liberdade tem um gosto azul

Acaricie o tempo, faço-o deitar em seu colo
desate o nó que calça seu sapato
para deixar os dedos em movimento.

Afrouxe a gravata que veste ao acordar
não se importe com o colarinho sujo de tinta
tome o café e come o pão sem se preocupar
a mesa farta deve ser apreciada de forma lenta.

Deixe que os passos indiquem seu caminho
não deixe de sorrir para um ombro amigo
lembre-se que quando criança era mais simples
e quem disse que não deve mais ser assim?

Se sair o Sol, contemple-o,
se vier a chuva, deleite-se,
se faz falta o que não temos
nunca saberemos o que é ser completo.

Espreguice-se, seja tarde de Domingo,
anime-se, noite de sexta.
A liberdade tem um gosto azul
que escorrega de meus lábios
e toca a terra para a fazer brotar.

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