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Mostrando postagens de junho, 2006

Irene

Estou com um grave problema: estou me apaixonando. Minto, o grande do problema não é o fato de estar me apaixonando e sim por quem estou. Seu nome é Irene e ela é uma invenção da minha cabeça. Irene é a personagem de um texto em que trabalho atualmente, começou com uma coadjuvante e já se tornou a protagonista. Estou sofrendo com ela pela forma que seu "par romântico" a trata. Com descaso. Queria que não fosse, é uma crueldade um ser tão vivo e belo como ela viver o que está vivendo, mas, assim como na vida, nas histórias nem sempre as coisas acontecem como gostaríamos. Queria poder ajudá-la, mas não posso. Seu destino está em minhas mãos (literalmente) e mesmo assim nada posso fazer por ela. Não é Complexo de Deus, mas agora acho que sei porque Deus nos faz sofrer com provas e expiações, faltas e tristezas mesmo sendo nosso Pai e ter Amor por nós. Há coisas que simplesmente não podemos mudar.

Rumo ao Hexa!

Eu sei, a Copa já está estampada nas telinhas, com jogos bem meia-bocas, há uma semana e pouco, mas só agora é que lembrei que tinha um blog pra escrever o que queria. Por isso a demora. Se bem que tem tanta coisa pra se falr ao invés da Copa. Fica um mês em que todo mundo bota camiseta, blusa, flamula a bandeira brasileira nas janelas de casa, do carro... vi na tv estes dias um cara dizendo que um puta patriotismo falso, como se todos fossem obrigados a serem patriotas e estampar para todos. Concordo em certa coisa com ele, embora dentre esses Brasileiros existam aqueles que realmente são patriotas e acreditam e votam conscientes e não jogam lixo no chão, enfim, há aqueles que são cidadãos brasileiros não por causa de um evento, mas por causa de uma crença. Entre os comentários acerca do peso de Ronaldo e sua substituição por Robinho, entre a melhor formação tática e as previsões, bolões e tudo que gira em torno da Copa acontecem outras coisas: surpreende esta fatalidade com o Bussund...

O hábito

Ele tinha o hábito de sair do trabalho e seguir pelo mesmo caminho até sua casa, morava há pouco tempo na cidade, não sabia se aquele era o caminho mais curto. Era o único que conhecia e isto lhe bastava. Dia destes, numa quinta-feira, talvez o mais banal dos dias da semana, ele saiu do trabalho, olhou para o céu que ainda estava azul de verão, viu o caminho que o esperava e resolveu mudar. Atravessou a rua. Na terceira esquina que cruzava viu uma padaria, parecia limpa, parecia vazia, olhou para o céu de novo - tinha o hábito de olhar para o céu - e entrou. Pediu um refrigerante de laranja, sentou-se ao balcão e passou a ver a tv ligada, num suporte aéreo. Um pouco afastado dele estava um velho meio sujo, ao perceber que era visto o velho abriu um sorriso banguela que foi respondido por um aceno sem graça de cabeça. Virou o rosto para o outro lado, a fim de evitar que o velho tentasse puxar assunto. Topou com um par de olhos castanhos bem abertos. Assustou-se. A moça pediu desculpa, d...

...

Uma vontade de chorar que não chora. Uma vontade de gritar que não grita. Sem holofotes, sem microfone. Tudo fica mais denso e mais confuso quando dentro, só, alone. Num banheiro. Banheiro espalhado de frases tatuadas nas portas e nas paredes de azulejos um dia brancos.Agora. Agora. Agora. Agora, não sei. Deveriam ser brancos. Como os sonos. Como em sonhos. Mas não são, mas não são. Nunca são.