Livros: Papel ou Tela?





O digital é uma realidade sem volta, a não ser que aconteça uma hecatombe e faça com que retornemos à Idade da pedra, como Einstein disse sobre uma terceira guerra mundial. E isso não é nenhuma descoberta fenomenal que fiz.
 Aceitamos os benefícios como praticidade, facilidade e qualidade que os meios digitais nos proporciona em relação ao analógico (tem gente por aí que nem sabe o que analógico quer dizer. Se você é uma dessas pessoas, pensa no relógio de ponteiro, não o smartwatch com interface, o de verdade, que tem que dar corda pra funcionar). Quem não teve o Google na época de escola pensa que hoje em dia tudo é mais fácil e quem nasceu hoje, acho que não iria conseguir completar uma trabalho escolar de pesquisa porque nem saberia como procurar  um livro numa biblioteca (uau, estou velho mesmo!).
 Me impressiona como quando se trata de livros digitais e livros físicos a discussão se amplia sem resolução. Quando surgiram os CDs, com sua Alta Qualidade sonora, compacto, bonitinho, os amantes de música celebraram a possibilidade de ouvir música criadas de uma forma que não conseguiam reproduzir a partir do vinil, mas que se tornou realidade com o CD. Houve, e ainda há, quem prefira o vinil, porque gosta do som chiado que ele faz nas caixas de som, o encarte grande, enfim, são abduzidos pela nostalgia. Não é uma crítica. Eu mesmo acho legal o som do vinil, menos quando tem aquele risco que o deixa girando, girando e o mesmo trecho da música se repetindo, como uma memória embaraçosa na cabeça.
 Voltando aos livros, os livros digitais estão por aí há mais de uma década e os artigos e estudos remetem a uma discussão como se fossem ainda novos no mercado. Ok, entendo que o percentual de vendas de livros digitais versus físicos é muito menor e a possibilidade de um formato sobrepujar o outro é nula - diferente do que aconteceu com vinil contra CD -, e, pelo fato de serem pouco vendidos pode ser que o grande público ainda não se sinta confortável com esse formato e as informações precisam ser levantadas para sanar dúvidas e apresentar opções. Pensando assim, são estudos e artigos bem-vindos.
 Mas encontro aqui e ali muitas opiniões negativas acerca dos livros digitais, quase demonizando-os, como se tivessem culpa de estarem vestindo uma roupa diferente. E, para mim, é isso o que acontece. O livro digital e o livro físico possuem o mesmo conteúdo. O número de parágrafos que você lê em um formato, lerá no outro. Não tem diferença, acredite!
 Minha intenção não é listar os benefícios de um e de outro, nem compará-los. Para isso, você pode encontrar muitos artigos e estudos falando a respeito. Este post tem a despretensão de dizer que você deve, em primeiro lugar, querer LER! A forma como será a leitura é uma escolha sua.
 O meu método de leitura é o de ter um livro digital e um físico em leitura ao mesmo tempo, quero dizer, se estou lendo Dom Casmurro na versão digital, leio O Cortiço em livro impresso, posso ler um no fim da tarde e o outro antes de dormir, por exemplo. Ler mais de um livro ao mesmo tempo potencializa a capacidade cognitiva que a leitura proporciona na pessoa, além de auxiliar na memória, pois o cérebro vai criando caixinhas pra lembrar de uma história, depois outras caixinhas pra lembrar da outra história e cada vez que você pega um ou o outro livro pra ler, o cérebro precisa achar essas caixinhas, pra isso, ele as organiza de um jeito que fica melhor pra ele. E, nesse caso, o que é melhor pra ele, é melhor pra você. 

COMENTE AÍ SE VOCÊ QUER SABER QUANDO O MELHOR PRO CÉREBRO, NÃO É MELHOR PRA VOCÊ!

 Se você tiver o interesse de uma lista de prós e contras de livros digitais contra livros físicos, vai achar lá que livros digitais são bons pois você pode carregar vários em seu aparelho (seja celular, e-reader, tablet etc.), são mais práticos - mas se estiver na rua, pode dar um receio de tirar Kindle do bolso. Não discordo.
 Do lado físico, estudos dizem que a absorção do conteúdo no livro físico é maior que no digital, por experiência, não percebo diferença. Depois de dois ou três meses eu esqueço igualmente o que foi lido - risos. Brincadeira (?).
 Para mim, funciona bem essa mescla. Gosto de ler o livro físico e ao fechá-lo ver pela lombada que avancei na leitura e gosto de ler o digital e ver o % do livro lido.
 Se você lê num celular ou tablet, o brilho da tela prejudica um pouco a visão, se você investir em um e-reader, como o Kindle, essa desvantagem desaparece, pois a tela proporciona a mesma sensação de leitura de uma folha do livro impresso. A tela tem uma textura que também remete ao livro físico.
 No livro impresso você pode grifar, fazer desenho, anotações à mão...

 É o tipo de comparação que não vejo como vantagens e desvantagens. Se a intenção é a leitura, será sempre vantajoso! Trata-se apenas de ver qual melhor forma funciona para você e em que circunstância.

Se você ficou interessado em um livro digital, aqui embaixo vai achar o link para saber mais sobre o Kindle, e-reader da Amazon. Vou deixar também um comparativo de preço entre livro impresso e digital.




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