Num Domingo de Fevereiro

Num Domingo de Fevereiro eu acordei tarde, vítima de preguiça, da gripe e da vontade de não fazer. Ao meu redor, o calor de Fevereiro, o seu quê abafado, o lençol suado do suor que figiu de mim. Ao meu lado o calor do amor, são uns meses de vida nova, a vida de casado que tanto se comenta por aí, uns bens, outros não. Eu adoro acordar nos calores de Fevereiro e nos frios de julho também adorarei acordar aos Domingos, Quartas e outros dias, todos eles, ao lado dela. Pois só ela é capaz de me fazer escrever uma história linda de amor, de saúde, felicidade e outras coisas não tão boas, mas que fazem parte do acontecido todo.
Nesse dia de Fevereiro em que acordei, acordamos e ela fez o café para bebermos, depois busquei o almoço para comermos, entre sofá, nossa filha que late, o computador apitando fim de bateria, retirar roupa do varal e lavar a louça da noite anterior, com uma irritação típica de quem se arrependerá depois.
Chega o amigo, papo que se leva, o dia vai partindo, com ela deitada, dormindo, e eu assim: respirando pela boca, por não ter abertura nas vias aéreas superiores, chato como um livro de Medicina é essa falta de pulmão que parece haver no lugar onde eu deveria ter um pulmão, ou os dois. Passando os minutos e as horas, o dia vai partindo, vai partindo...pra amanhã.
Uma criança ainda, que respira pela água. Nesse Domingo de Fevereiro, a semente plantada continua a germinar.

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