Dançando com o diabo
Eu estava quieto, na minha, como de costume. Olhava de canto para as pessoas que passavam aqui e ali, o som era muito alto e via-se muito pouco com as luzes estróbicas , cintilantes, coloridas, todos os tipos de luzes que não iluminam nada. Encostei no balcão do bar, mas não pedi nada para beber. O bartender me olhou de um jeito que parecia misto de piedade e raiva, eu pensei que ele pudesse estar pensando: coitado do cara, um monte de gatinha dando sopa e nenhuma dando bola, fica aí com essa cara de bunda . Mas também deve ser um sujeito bem mole porque comigo não ia ser assim, eu parto pra luta e não me canso de ouvir não. Com o outro sempre é sempre diferente e comigo sempre igual. É isso? Mas não estava triste de estar ali, sozinho, quieto, na minha. Era assim que eu queria. Olhando apenas, o movimento, as pessoas, as luzes dore - cabeceantes . Foi quando cometi o erro de olhar para a porta recém aberta. Seus olhos e os meus se fixaram. A partir dali, como uma pequena mald...