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Mostrando postagens de julho, 2009

sem título

As cinzas espalhadas no chão anunciam duas coisas: um passado ferido, que fez o fogo arder e consumir algo que ali existia e um futuro de esperança, pois, a terra que recebe as cinzas se fortifica e se torna fértil. Porque a Natureza das coisas faz com que nunca seja o fim definitivo para as coisas e para os destinos. Houve dor, uma dor tão intensa que não será nunca esquecida. Como a cicatriz na pele que deixa seu registro de que ali houve uma perda, que deve ser transformada em ganho. Mas isso não ameniza a dor que fica latente dentro do coração de quem sofreu. Sentir essa dor é mais do que uma expiação, o medo fica rondando, feito bicho feroz que ronda no escuro a vítima desprevinida. Não sei bem o que quero dizer, esse é o tipo de coisa que acontece quando há muito na cabeça e no coração, pensar e sentir intensamente causam essas coisas. Essas coisas essenciais para se viver e tentar ser feliz.

Azaléia

Azaléia poderia ser uma flor, como uma das flores que adornavam um canteiro na casa minha avó. Mas Azaléia era o nome de uma moça que limpava algumas casas no condomínio em que morei quando pequeno, dentre elas a minha. Lembro-me de Azaléia sempre sorrindo um sorriso amarelo dos cigarros que fumava na rua, em frente à casa em que estivesse trabalhando. Entre um cômodo limpo e outro, ia Azaléia fumar seu cigarro. Sorria e cantava, usava o cabo de vassoura como microfone e na cantava em bom tom as músicas que tocavam na rádio. Se fossem em inglês, apenas dublava. Dizia que tinha até medo de falar as coisas que os gringos estavam cantando, mesmo sem ter idéia do que estivessem dizendo. Era era bem branca, com o cabelo crespo bem apertado e amarrado que davam num rabo de cavalo minúsculo. Falava de um jeito engraçado, desafinava a voz a cada cinco palavras, pensava sempre numa corneta desafinada quando a ouvia falar, principalmente quando estava brava com alguma coisa. E como falava aqu

Acreditar é preciso

Tem vezes que eu fico pensando um pouco na Vida e nas coisas que nela acontecem, aí dá vontade de escrever alguma coisa. No final das contas, ou do texto, fica parecendo algo "auto-ajuda". Pensando bem, isso não deve ser de todo mal. Dizem que os livros, receitas e crendices da auto-ajuda são artimanhas da ganhar dinheiro baseadas em filosofias baratas que qualquer bêbado de butiquim pode concluir. Formas de se dizer que se tudo está uma merda, é possível reverter. Só depende de você, ou melhor, do seu pensamento. Pensar, acreditar e receber. Sim, eu também li " O Segredo", e a Rhonda Byrne deve estar feliz da vida por isso, sentada confortavelmente em seu castelo na Escócia. Ela deve ter pensado e acreditado: recebeu. Confesso que quando li " O Segredo", entrei num processo de reaver minha forma de pensar e, por conseguinte, de agir. Pensar e ação, devem funcionar de forma harmoniosa... embora pareça algo lógico o que acabei de escrever, pode não ser t