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Mostrando postagens de setembro, 2009

Maria

Estive correndo à solta pelo mundo descobri novos caminhos, alguns turvos, e vi o Sol se pôr diversas vezes para me ver acordar no outro dia. Como no dia em que vi Maria, menina simples de nome e alma queria ser bailarina e trapezista, e ajudar no aluguel da casa. Maria que vendia doces no farol, olhos verdes e flamejantes, os homens, além da bala e dos corantes queriam leva-la ao lençol. E com dezessete, Maria cedeu. E voltou torta pra casa, trancou-se no quarto pos-se a chorar e a tremer e a soluçar e não mais querer aquele corpo sujo que tinha que alimentar. Mas tirou da pequena bolsa a nota, o dinheiro lhe subiu cheiro na cabeça "cheiro bom de coisa nova". No outro dia, a mesma esquina. O cabelo pintado, a unha pintada, o céu pintado de preto e seus olhos percorrendo os vidros dos carros, seus ouvidos acostumados ao bizarro. "Sou puta e sou assim", abafava o pensamento com os cigarros, deixava o pigarro enroscar a garganta pra cuspir n...